“[...]Aparentemente a brincadeira é um espaço de socialização, de domínio da relação com o outro, de apropriação da cultura, de exercício da decisão e da invenção.” (BROUGÈRE: 1995: 104).
A brincadeira é a ação ou expressão da criança, uma das formas principais em que ela constrói suas aprendizagens e conhecimentos. É através do qual a criança se apropria das funções sociais e das normas de comportamento social.
No limite da reprodução daquilo que experimentam na vida diária, quando as crianças ao brincarem recordam e revivem experiências passadas, existe a possibilidade de re-elaborarem criativamente suas experiências, combinando-as entre si e edificando novas possibilidades de interpretação e representação do real, em consonância com suas afeições, suas necessidades, seus desejos e suas paixões (VYGOTSKY: 1996a).
MITO: O brincar é uma perda de tempo. A criança não aprende quando brinca.
- O brincar não é uma perda de tempo.
- A criança aprende enquanto brinca.
- Aprende a lidar com sentimentos;
- Aprende sobre a vida social (papeis sociais, normas, valores)
- Aprende e se desenvolve
Não existe um jeito certo de brincar. Existem várias maneiras de uma mesma brincadeira se manifestar e todas são válidas. Fruto da tradição oral a brincadeira está sujeita a esta forma de transmissão da cultura (memória). Os grupos sociais que se apropriam da brincadeira colocam sua marca da cultura daquela região.
MITO : As crianças de hoje não sabem brincar!
- A brincadeira não é uma coisa inata na criança. Ela precisa aprender a brincar.
- Entre “o controle total” e o “laissez-faire” ;
- O adulto como mediador entre as possibilidades e experiências das crianças;
- Valorização das ações e produções da criança, a criança como parceira da brincadeira.
O Brincar Presente em Todos os Espaços e Tempos da Rotina da Escola.
Na Sala de aula, a brincadeira por cantinhos:- O canto das brincadeiras de faz-de-conta: Casinha, salão de beleza, feira, supermercado, oficina, espaço para roupas e fantasias,
- O canto dos jogos de construção e de montagem (ligue-ligue, blocos, de encaixe;
- O canto dos jogos de sociedade, jogos com regras (trilhas, memória, dominó, bingo)
- O canto dos carrinhos e dos bonecos;
- Atenção para as preferências infantis;
- As idades das crianças;
- A segurança do brinquedo;
- Brinquedos que representem diversos universos culturais (do campo, tecnológico, televisivo, da casa, do mundo do trabalho, da diversidade cultural);
- Brinquedos industrializados e tradicionais;
- Brinquedos construídos pelas crianças;
Enfim...
A criança aprende a brincar.
É preciso que alguém as ensine.
As crianças produzem cultura. As brincadeiras são parte de nosso patrimônio lúdico cultural e as crianças são suas guardiãs.
Pode a escola tornar-se guardiã das brincadeiras infantis?
Uma criança também aprende a brincar com outra criança.
O ato de brincar precisa tirar as crianças da inércia em que se encontram.
O improviso e a criatividade sempre estão presentes nas situações de faz de conta.
CRÉDITOS: Oficina Brincante do Rogério.
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